Sites Grátis no Comunidades.net Criar um Site Grátis Fantástico





ONLINE
1






HISTÓRIA DA PARÓQUIA


 Atualização do site feita em 04/06/2012 

 

RUMO EM COMEMORAÇÃO AO JUBILEU DE PRATA

1987-2012 

 

 

 

Página: Leitura e Meditação  "Arnaldo Jabor: Um atirador enlouquecido" e "Guardar Silêncio" de Frei Betto.

 

  

 QUE A MINHA PAZ ESTEJA COM VOCÊ

 

 

 

  

 DEIXE QUE ELE ENTRE EM SUA VIDA E EM SEU CORAÇÃO

 Rumo do Jubileu de Prata

 Construção da Paróquia

 

 

  FUNDAÇÃO DA IGREJA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO

 

Um resumo baseado na monografia de Walkiria Moreira dos Santos

 

Os madeirenses do Morro do São Bento, mesmo longe de sua terra natal, não esqueceram suas ricas expressões dos costumes e festas inspiradas na fé católica. Sonharam com um templo que tivesse as características do lugar em que nasceram e mais próximo do centro do morro, pois evitaria que seus habitantes descessem as escadarias para participar das missas que eram celebradas no Mosteiro de São Bento (no sopé do morro) ou na Igreja do Valongo, mais distante.

Por ser a festa em louvor a Nossa Senhora da Assunção uma das mais tradicionais e bonitas da região de São Vicente, na Ilha da Madeira, da qual muitos dos habitantes do morro eram originários, estes resolveram homenageá-la aqui também, dando nome à Igreja.

Na década de 50 o desejo de elevar no Morro do São Bento, uma capela foi ficando mais intenso e resolveram fazer uma comissão para tal empreendimento.

Dona Luiza Marinângeli, proprietária de terras no morro cedeu o terreno para a construção.

Em 11 de setembro de 1954 foi convidado para lançar e benzer a pedra fundamental o cardeal arcebispo de Lourenço Marques, Dom Teodósio Clemente Gouveia.

A capela dedicada à Nossa Senhora da Assunção seria erguida pelos madeirenses de Santos, sob patrocínio da sua entidade regional, a Casa da Madeira.

Mas passou-se algum tempo e a capela não foi construída.

Em 1955 o sr. Antonio Feliciano, candidato a prefeito, prometeu dar um Posto Policial no morro, caso fosse eleito. Ganhou a eleição e ergueu o Posto no local onde fora colocada a pedra fundamental para a construção da capela. Ao lado do Posto, foi construída uma Escola Municipal. Mais tarde76 e 77 seriam derrubados Posto e Escola para a construção de Uma escola estadual. O EEPSG João Octávio dos Santos.

Para evitar conflito com a nova gestão da cidade, os moradores resolveram fazer o templo do outro lado da rua, num terreno que pertencia ao sr. Antônio do Carmo Luiz, que fazia parte da comissão da construção da capela e ainda pagava prestações do mesmo à Dona Luiza Marinângeli.

Assim levantou-se no terreno, uma capelinha de madeira, coberta por uma lona e colocada em esteiros de pau, por ser em terreno íngreme.

Na sua entrada, um pequeno sino, e no interior uma pintura da capela que mudava de ano em ano para cumprir promessas.

A capela embora pequena abrigava a imagem de Nossa Senhora da Conceição, que todos pensavam ser a Nossa Senhora da Assunção.

Essa imagem fora doada pelo sr. Jaime Perez (que chegou a ser Vice-Prefeito da cidade.

Tais fatos ocorreram entre 1954 a 1958.

Contudo a capela foi ficando velha e oferecia perigo. O povo que sempre contribuiu para a realização das festas, já estava cansado por não sobrar nada para a restauração da capela.

O desejo era a construção de uma capela nova capaz de abrigar os fiéis devotos em segurança.

Em 1958 houve nova eleição para prefeito, tendo sido eleito o sr. Silvio Fernandes Lopes, o candidato de povo madeirense.

Foi agendado por dona Maria da Silva Vieira(¹), um comício para o candidato que prometia a construção da nova capela.

Silvio venceu as eleições e esqueceu da capela, porém o povo pressionou e em janeiro de 60 para levar adiante a promessa, organizou-se uma comissão de moradores do bairro.

Nessa época Frei Albano Marciniszyn, natural de Santa Catarina e de origem polonesa veio da Paróquia Santo Antonio do Valongo, pois a capela Nossa Senhora da Assunção ficava sob sua jurisdição.

Unidos num só objetivo todos conseguiram que o sr. Antonio do Carmo Luiz vendesse o terreno à Prefeitura e esta doou-o para a construção da igreja.

Resolvida a questão, Frei Albano organizou uma comissão para arrecadar fundos para erguê-la.

Em 08 de maio de 1960 uma nova pedra fundamental é lançada e benta, dando início à construção oficial do templo.

 

(¹) Dona Maria da Silva Vieira, foi incansável em sua luta para arrecadar fundos para a construção da capela, não deixando de passar em uma casa sequer do morro.

 

Assim a obra se levantou, com a ajuda de muitos homens, pois nunca se viu tamanha força de vontade no morro e esse dinamismo tão viril foi demonstrado nessa primeira fase da construção de 08 de maio a 15 de agosto de 1960. E a promessa de frei Albano foi cumprida.

Em 15 de agosto de 1961 já estavam levantadas as paredes e com o telhado.

No final do ano um novo padre franciscano vem para o morro. Frei Emiliano Cattoni, também natural de Santa Catarina e de origem italiana.

Como não tinha temperamento para construção e por notar o povo já cansado, paralisava as obras, voltando para o lado espiritual e preparando a primeira Eucaristia na nova capela.

Em 1962 a procissão em louvor a Nossa Senhora da Assunção é dirigida por ele passando pelo Jabaquara, tendo a participação de uma banda de músicos.

Tais fatos foram inéditos pois frei Emiliano estava mais preocupado em inserir o povo à fé católica.

Em 1963 frei Emiliano é transferido pra São José do Rio Preto – SP, assumindo em seu lugar o frei Celso Faria que se mostra um lutador e que logo se engajaria nos trabalhos restantes da construção da capela e da fachada da mesma.

Novamente o povo se une e ajuda muito pois é preciso retirar toda a terra debaixo da capela, trabalho realizado por homens que levavam nas costas caixotes cheios de terra.

Mais de 200 caminhões da prefeitura foram utilizados para levar toda a terra.

Depois foram feitas as lajes, levantaram as paredes, colocaram as molduras das janelas e passaram para a fachada muito trabalhosa, onde colocaram um bonito vitral, com a imagem de Nossa Senhora da Assunção.

Em 1964 a igreja ficou pronta e frei Celso providenciou a imagem da padroeira da capela, que foi adquirida em São Paulo (capital), para a festa do ano corrente. Muitos não gostaram, pois achavam que deveria ficar a de Nossa Senhora da Conceição mesmo, porém, conformarem-se porque ela ficou no altar do lado.

Até 1981, a igreja esteve sob a tutela do Valongo sendo dirigida pelos franciscanos. A partir desta data tornou-se pró-paróquia(²) com a chegada de um padre secular: José Maria Lázaro Zugazaga, de origem espanhola. 

A comunidade nessa época cresceu muito, já não havia tantos madeirenses no morro, pois muitos foram morar na cidade e o morro passou a ter em sua maioria, nordestinos,

mineiros, paranaenses e outros que vieram dos demais estados brasileiros. Assim a comunidade precisava de uma paróquia auto-suficiente para atender os novos moradores.

 

(²) Pró-paróquia significa um período de preparação para que se torne Paróquia.

 

Em 31 de maio de 1987 com a comemoração do Ano Mariano, a Igreja Nossa Senhora da Assunção passou a categoria de Paróquia. Foi uma grande alegria para aqueles que a viram nascer. Houve uma sessão solene com a presença do Bispo Dom David Picão, e do Padre responsável pela paróquia, o Cônego Júlio Lopes Llorena.

A partir de 1979 a paróquia passou a receber a ajuda das Irmãs Catequistas do Sagrado Coração de Jesus, ordem de origem italiana, que vieram auxiliar o povo do morro. Ficaram abrigadas no Mosteiro de São Bento e mais tarde com verba da Itália construíram o seu Instituto no morro na Avenida Assunção de Nossa Senhora n.° 156. Ali se dedicaram na evangelização de crianças, jovens e adultos e auxiliavam no andamento da paróquia.

Em 24 de agosto de 2007, os irmãos franciscanos do Santuário de Santo Antonio do Valongo assumiram a tutela da Paróquia, enviando o Frei Valdemiro, Frei Miro como o chamamos.